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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

DIETA DO TIPO SANGUÍNEO

DIETA DO TIPO SANGUÍNEO



Esse plano de dieta de emagrecimento foi publicado no livro Eat Right 4 Your Type, escrito pelo médico americano Peter D'Adamo e considera que cada pessoa, dependendo do grupo sangüíneo ao qual pertence, deve evitar certos alimentos.

A dieta do sangue é relativamente fácil de ser seguida, pois basta que a pessoa não coma alimentos seguindo uma lista de acordo com seu tipo de sangue. Também não é uma dieta que exige sacrifícios, como passar fome e também não requer gastos especiais. Porém, possui a desvantagem de ser difícil de ser seguida em família, já que cada membro pode ter um tipo diferente de sangue, exigindo um cardápio diferente para cada pessoa da família.

De acordo com o Dr. D'Adamo, os grupos sangüíneos possuem certas características que podem determinar sua dieta:

Sangue Tipo O

Grupo sanguíneo que seria o mais antigo, sendo basicamente caçadores, muito ativos e musculosos, devem seguir uma dieta rica em carnes.

Sangue Tipo A

Seriam cultivadores, um grupo sangüíneo mais recente que surgiu junto com a prática da agricultura. De acordo com o Dr. D'Adamo, pessoas pertencentes a esse grupo devem evitar carnes vermelhas.

Sangue Tipo B

São os nômades, associados a um sistema imunológico mais forte e sistema digestivo flexível. É o único grupo sangüíneo que tolera bem derivados de leite.

Sangue Tipo AB

Grupo sangüíneo mais recente que teria evoluído a partir dos grupos A e B, sendo que a dieta para esse grupo é baseada na dieta dos grupos sanguíneos A e B.

TABELA DE ALIMENTOS PARA CADA TIPO DE SANGUE

LEGENDA:

P = proibido B = benéfico N = neutro R = comer raramente

TABELA DE CARNES

Alimento A AB B O
bacon, presunto e porco P P P P
carne de boi P P N B
carne de búfalo P P N B
frango R P P N
pato P P P N
ganso P P P P
faisão P R R N
perú R B R N/B
tartaruga P P P N
coelho P B B N
carneiro P B B B
cordeiro P B B B
cabra P P ? N
fígado P R N B
veado P P B B
codorna R P P N
perdiz R P P N
vitela P P N B

PEIXES E FRUTOS DO MAR

Alimento A AB B O
anchova P P P N
carpa B N N N
caviar P N B P
moluscos P P P N
bacalhau B B B B
siri P P P N
enguia - enguia japonesa P P P N
haddock P P B N
lagosta P P P N
cavala B B B B
mexilhão P N P N
ostra P P P N
salmão norueguês B N B B
sardinha B B B B
cação N N N N
camarão P P P N
lula P N N N
truta (mar) B B B N
atum N B N B
esturjão N B B B
polvo P P P P

TABELA DE BEBIDAS


Alimento


A


AB


B


O
cerveja P N N N
café B B N P
chá verde B B N N
destilados em geral P P P P
refrigerante P P P P
chá P P N P
vinho tinto B N N N
vinho branco N N N N
TABELA DE HORTALIÇAS, VERDURAS, LEGUMES
Alimento A AB B O
broto de alfafa B B N P
aloe vera (suco, chá) B P P P
alcachofra B P P B
aspargo N N N N
beterraba N B B N
brócolis B B B B
repolho P N B P
cenoura B N B N
suco de cenoura B B N N
couve-flor N B B P
aipo N B N N
chicória B N N B
pepino N B N N
nabo N N N N
berinjela P B B P
endívia N N N N
escarola B N N B
alho B B N B
gengibre B N B N
raíz forte B N N B
alface N N N N
alface romana B N N B
cogumelo P N N P
cogumelo shiitake P P B P
azeitona preta P P P P
azeitona verde N N P N
cebola N N N N
cebola roxa B N N B
ervilha N N N N
pimenta jalapeño, pimentão P P B N
pimenta vermelha P P B B
batata doce P B B B
batata P N N P
abóbora B N P B
radicchio N N N N
espinafre B N N B
tomate P N P N
inhame P B B N
abobrinha N N N N
TABELA DE FRUTAS
Alimento A AB B O
maçã N N N N
suco de maçã N N N P
abacate N P P P
banana P P B B
musk melon P N N P
cereja B B N N
côco e leite de côco P P P P
figo B B N B
uva N B B N
grapefruit B B N N
goiaba N P N B
kiwi N B N N
limão, limonada B B N N
manga e suco de manga P P N B
nectarina N N N N
laranja, suco de laranja P P N P
mamão papaya P N B N
pêssego N N N N
pêra N N N N
abacaxi B B B N
ameixa B N N B
uva passa B N N N
carambola N P P N
morango N N N P
framboesa N N N N
tangerina P N N P
melancia N N N N

TABELA DE LATICÍNIOS


Alimento A AB B O
queijo brie P P N P
manteiga P P N R
queijo camembert P P N P
queijo cheddar P N N P
queijo cottage P B B P
cream cheese P N N P
queijo edam P N N P
queijo ementhal P N N P
queijo de cabra N B B P
queijo gouda P N N P
queijo gruyere P N N P
queijo fresco N B B R
sorvete P P P P
leite desnatado R N B P
leite integral R P N P
leite de cabra B B B P
muzzarella de búfala B B B R
queijo parmesão P P N P
queijo provolone P P N P
ricota B B B P
queijo de soja B N N N
leite de soja B N N N
queijo suíço P N N P
iogurte N B B R

ÓLEOS

Alimento A AB B O
óleo de canola N N P N
óleo de côco P P P P
óleo de fígado de bacalhau N N N N
óleo de milho P P P P
óleo de algodão P P P P
óleo de linhaça B N N B
azeite de oliva B B B B
óleo de amendoim P N P P
óleo de gergelim P P P N
óleo de girassol ? P P ?
óleo de nozes B B N N
óleo de gérmen de trigo N ? ? P

Bom, aí está como funciona de um modo geral esta dieta do grupo sanguíneo, coloquei as tabelas para que se quiser, imprima e memorize para o seu tipo de sangue. Achei bem resumida e interessante esta matéria e pode ajudar quem pretende seguir a alimentação de acordo com o tipo de sangue.
Posteriormente, estarei postando masi sobre o assunto. Espero que aproveitem.

fonte: Dieta e Saúde

até a próxima,

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Grupos Sanguíneos


Em 1901, Karl Landsteiner descobriu que há vários tipos de sangue e, portanto, não se podem fazer transfusões de sangue indiscriminadamente entre diferentes pessoas. Landsteiner obteve sangue de um grande número de pessoas e separou as células sanguíneas do plasma. Fez depois todas as combinações possíveis entre o plasma e glóbulos vermelhos dos vários sangues. Observou que em alguns casos, depois de misturados, os glóbulos se mantinham em suspensão no plasma em que tinham sido colocados, mas noutros os glóbulos vermelhos agregavam-se em aglutinados enormes que sedimentavam imediatamente no fundo do tubo de ensaio. Com base nestes resultados, foi possível considerar três grupos sanguíneos que Landsteiner denominou A, B, e O. Mais tarde reconheceu a existência de um quarto grupo, AB. A partir desta descoberta inicial dos grupos sanguíneos, pelo menos mais nove grupos foram reconhecidos no sangue humano, alguns deles com subdivisões.

A causa da aglutinação observada por Landsteiner é a ocorrência de uma reação antigénio-anticorpo. Assim, os antigénios (ou aglutinogénios ) que caracterizam os grupos sanguíneos são glicoproteínas específicas localizadas na membrana plasmática dos glóbulos vermelhos e os anticorpos (ou aglutininas), que reagem especificamente com os aglutinogénios, são y-globulinas e encontram-se dissolvidos no plasma. Na reacção antigénio-anticorpo, a molécula do anticorpo tem dois locais de ligação e pode formar uma ponte entre dois eritrócitos, que por sua vez se ligam a outros eritrócitos, produzindo a aglutinação

Mais tarde, em 1940, Landsteiner e Weiner descobriram a existência de um outro antigénio no sangue humano, o factor Rh, que pode dar reações de incompatibilidade sanguínea muito violentas. Na realidade este factor é um conjunto de factores, daí a designação de Sistema Rh, dos quais o mais antigénico é o antigénio D. As pessoas que contêm o factor Rh, designam-se Rh positivas e as que não contêm este factor são Rh negativas.

A “Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea” (ISBT), instituiu um sistema numérico de nomenclatura para ajudar a regularizar a terminologia dos grupos sangüíneos. Essa convenção dizia que a cada sistema é dado um número e letra, e cada antígeno é numerado seqüencialmente em ordem de descobrimento. Com o designado mais de 20 sistemas de grupos sangüíneos e 7 grupos de antígenos foram definidos. Antígenos d alta-frequência ou “públicos” e antígenos de baixa-frequência ou “privados” não estão associados aos conhecidos sistemas ou grupos também delineados em números de série.

Alguns sistemas (i.e.H,li,Lewis) limitam naturalmente a ocorrência de anticorpos, mas a maioria dos outros sistemas criam iso-anticorpos, os quais resultam em incompatibilidade de transfusões e de gravidez.

Aglutinógenos muito freqüentes São eles denominados públicos, porque a maioria dos indivíduos da espécie humana os apresetam em suas hemáceas.
Aglutinógenos muito raros
São eles denominados privados, por estarem ausentes nas hemáceas da maioria dos indivíduos de espécie humana.

Pertencem a esta classe os aglutinógenos denominados LEVAY, GRAYDON, JOBINS, BECKER, VEM, Ca, BERRENS, SCOTT, BATTY, ROMUND, Chr, DONNA, STOBO, WEBB, RIDLEY, YAHUDA, Ot, MURREL, PRITCHARD, TRAVERSU, WIEL, WRIGHT, SWANN, LUBA, WETZ, KAMHUBER, MANSFIELD, DIEGO, Bua etc.

Aglutinógenos de freqüência média
Pertencem a esta classe os aglutinógenos do sistema ABO, MN, P , KELL, LUTHERAN, DUFF, KIDD , Rh

AS HERANÇAS DOS GRUPOS SANGÜÍNEOS

SISTEMA RH

Um terceiro sistema de grupos sangüíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas. Ao centrifugar o sangue dos cobaias obteve-se o soro que continha anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As Conclusões daí obtidas levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos, denominados anti-Rh.

Há neste momento uma inferência evolutiva: se as proteínas que existem nas hemácias de vários animais podem se assemelhar isto pode ser um indício de evolução. Na espécie humana, por exemplo, temos vários tipos de sistemas sanguíneos e que podem ser observados em outras espécies principalmente de macacos superiores.

Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos apresentavam aglutinação (e pertenciam a raça branca) e 15% não apresentavam. Definiu-se, assim, “o grupo sangüíneo Rh+”( apresentavam o antígeno Rh), e “o grupo Rh-“ ( não apresentavam o antígeno Rh).

No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh, de modo semelhante ao que acontece no sistema Mn. O anticorpo, no entanto, pode ser formado se uma pessoa do grupo Rh-, recebe sangue de uma pessoa do grupo Rh+. Esse problema nas transfusões de sangue não são tão graves, a não ser que as transfusões ocorram repetidas vezes, como também é o caso do sistema MN.

Os três sistemas de grupos sangüíneos, ABO, MN e Rh, transmitem-se independentemente.

A determinação genética do sistema Rh é bastante complexa, mas de modo mais simplificado pode-se considerá-la como sendo devida a um par de alelos com relação de dominância completa: o gene D, que determina a produção do fator Rh, dominante sobre o gene d.

GENÓTIPOS FENÓTIPOS
DD, Dd Rh+
dd
Rh-

O fator RH está ligado à presença de uma proteína específica no sangue. Quem a possui, ou seja, 85% da população Mundial, tem fator positivo ( RH+ ). Os que não tem, tem fator negativo(RH-).

A importância do exame no pré-natal, conhecido como "tipagem sanguínea" é para tratar de forma especial os casos com Bebês de RH + (positivo) herdado do pai, em gestação em mães com fator RH - ( negativo ). Portanto, o problema está no fato do sangue materno ao ter contato e não reconhecer a proteína do sangue do feto ( RH+ ), reage criando anticorpos para destruí-lo. Isto significa um ataque ao sistema imunológico da mãe ao sangue do bebê cujas células vermelhas vão sendo destruídas.

Baseado no resultado do exame, há dois caminhos:

1. Se não há anticorpos ao RH+ no sangue da mãe, aplica-se uma dose da vacina anti-D na 28o semana de gestação e outra após o parto (evita a formação natural dos anticorpos).

2. Se já há anticorpos, é fundamental um bom acompanhamento de toda a gestação, monitorando o desenvolvimento fetal. Casos mais graves antecipam o parto ou faz-se necessária uma transfusão de sangue intra-uterina, feita por cateter. Após o nascimento, o bebê passa por fototerapia para eliminar a "bilirrubina" acumulada. Se necessário, recebe transfusão total do sangue.

Riscos

Doença Hemolítica do RN, manifestado por anemia profunda que pode ser letal, quadros graves de icterícia, paralisia cerebral, lesões auditivas e no sistema nervoso e insuficiência cardíaca.

O inverso nãe é verdadeiro, ou seja; A mãe com RH+ e o feto com RH- não são conflitantes.

domingo, 8 de agosto de 2010

Grupo sanguíneo


Os grupos sanguíneos ou tipos sanguíneos foram descobertos no início do século XX (cerca de 1900 - 1901), quando o cientista austríaco Karl Landsteiner se dedicou a comprovar que havia diferenças no sangue de diversos indivíduos.[1] Ele colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos (hemácias) e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, tendo como resultado a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, e sua ausência em outros. Landsteiner explicou então por que algumas pessoas morriam depois de transfusões de sangue e outras não. Em 1930 ele ganhou o Prêmio Nobel por esse trabalho.

Os tipos sanguíneos são determinados pela presença, na superfície das hemácias, de antígenos que podem ser de natureza bioquímica variada, podendo ser compostos por carboidratos, lipídeos, proteínas ou uma mistura desses compostos. Estes antígenos eritrocitários são independentes do Complexo principal de histocompatibilidade (HLA), o qual determina a histocompatibilidade humana e é importante nos transplantes.
Cada indivíduo possui um conjunto diferente de antígenos eritrocitários, e por seu número --- existem hoje cerca de 27 sistemas antigênicos conhecidos,[1] mais alguns antígenos diferenciados que ainda não foram atribuídos a nenhum sistema específico[2] --- é difícil (se não impossível) encontrar dois indivíduos de mesma composição antigênica. Daí a possibilidade da presença, no soro, de anticorpos específicos (dirigidos contra os antígenos que cada indivíduo não possui), o que resulta na aglutinação ou hemólise quando ocorre uma transfusão incompatível (ou, em determinações laboratoriais, quando se fazem reagir soros específicos com os antígenos correspondentes presentes nas hemácias). Diferentes sistêmas antigênicos se caracterizam por induzir a formação de anticorpos em intensidades diferentes; além do que, alguns são mais comuns e outros, mais raros. Estes dois fatos associados determinam a importância clínica de cada sistema.

Os sUS antigênicos considerados mais importantes são o sistema ABO e o Sistema Rh.[1] Estes são os sistemas mais comumente relacionados às temidas reações transfusionais hemolíticas. Outra complicação, a eritroblastose fetal ou Doença Hemolítica do Recém-nascido (DHRN), é geralmente (mas não sempre) causada por diferenças antigênicas relacionadas ao Sistema Rh, como o fator Rh+ do pai e da criança e o Rh- da mãe[3].

A determinação dos grupos sanguíneos tem importância em várias ciências:

Em Hemoterapia, torna-se necessário estudar pelo menos alguns desses sistemas em cada indivíduo para garantir o sucesso das transfusões. Assim, antes de toda transfusão eletiva, é necessário se determinar, pelo menos, a tipagem ABO e Rh do doador e do receptor.
Em ginecologia/obstetrícia e neonatologia, é possível se diagnosticar a DHRN através do seu estudo, adotando-se medidas preventivas e curativas.
Em Antropologia, é possível estudar diversas raças e suas interrelações evolutivas, através da análise da distribuição populacional dos diversos antígenos, determinando sua predominância em cada raça humana e fazendo-se comparações.
Em Medicina legal, é possível se determinar, por exemplo, o tipo sanguíneo de um criminoso a partir de material colhido na cena do crime, auxiliando na investigação criminal.
Terminologia e uso
Alguns termos utilizados no que se referem à tipagem sanguínea são ambíguos ou pouco conhecidos.

A determinação, em laboratório, da tipagem quanto aos sistemas ABO e Rh é rotineiramente realizada em um procedimento único. A melhor maneira de se referir a este procedimento e a seu resultado é Tipagem sanguínea (ABO e Rh). Entretanto a simplicidade consagrou o uso da palavra tipagem para se referir aos dois sistemas.
Quando necessária a distinção, convencionou-se utilizar respectivamente as expressões grupo ABO e Fator Rh. Estas designações, contudo, não são unânimes.
Geralmente usam-se os termos aglutininas para se referir aos anticorpos e aglutinógenos para se referir os antígenos.[1]
Um estudo mais aprofundado do sistema ABO determinou a presença de variedades antigênicas ou subgrupos.[1] Estes podem ser designados, por exemplo, A1, A2 ou Bx.
Historicamente, a classificação de Landsteiner previa os grupos A, B e O; o grupo AB foi posteriormente descoberto (1902, von Decastello e Sturli).[1] No entanto, em inobservância à tradição, alguns autores falam em grupo 0 ("zero"). Esta designação é incorreta, pois assume que os pacientes do grupo O não apresentam aglutininas em suas hemácias (na verdade, os pacientes do grupo O apresentam em todas as suas hemácias a aglutinina H, exceção feita ao raríssimo fenótipo OBombay --- o qual não apresenta aglutininas para o sistema ABO).
Estudos determinaram que o sistema Rh apresenta certa complexidade genética, além de variações qualitativas e quantitativas em sua expressão. Assim, são usadas as seguintes designações:
O termo Rh Fraco substituiu a designação Du. Este termo representa uma variação quantitativa na expressão do antígeno D.
O termo Rhnull designa uma condição rara, em que os antígenos do sistema Rh estão completamente ausentes.
O termo "CDE" designa a determinação, recomendada para os pacientes Rh negativos, de outros antígenos menos freqüentes do sistema Rh. Assim, fala-se em Rh negativo ou Rh negativo, CDE positivo.
Em alguns casos, pode ser necessária a determinação mais detalhada dos antígenos dos sistemas ABO e Rh, e/ou a determinação de antígenos pertencentes a outros sistemas antigênicos. Esta determinação é geralmente denominada fenotipagem.
Da combinação entre o Sistema ABO e Fator Rh, podemos encontrar os chamados doador universal (O negativo) e receptor universal (AB positivo).
Entretanto, normalmente se faz a transfusão isogrupo (doador e receptor de mesma tipagem ABO e Rh) em preferência à doação heterogrupo (tipos diferentes).
Distribuição de ABO e Rh por país
Tipo de distribuição do sangue por nação (média em população) País O+ A+ B+ AB+ O− A− B− AB−
Compatibilidade dos glóbulos vermelhos
Grupo sanguíneo AB: Indivíduos têm tanto antígenos A quanto B na superfície de suas RBCs, e o soro sanguíneo deles não contem quaisquer anticorpos dos antígenos A ou B. Assim, alguém com tipo de sangue AB pode receber sangue de qualquer grupo (com AB preferível), mas só pode doar sangue para outros com o tipo AB.
Grupo sanguíneo A: Indivíduos têm o antígeno A na superfície de suas RBCs, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno B. Assim, uma pessoa do grupo A pode receber sangue só de pessoas dos grupos A ou O (com A preferível), e só pode doar sangue para indivíduos com o tipo A ou AB.
Grupo sanguíneo B: Indivíduos têm o antígeno B na superfície de seus RBCs, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno A. Assim, alguém do grupo B pode receber sangue só de indivíduos de grupos B ou O (com B preferível), e pode doar sangue para indivíduos com o tipo B ou AB.
Grupo sanguíneo O (ou grupo sanguíneo zero em alguns países): Indivíduos não possuem antígenos nem A ou B na superfície de suas RBCs, mas o soro sanguíneo deles contêm Imunoglobulina M com anticorpos anti-A e anti-B contra os grupos antígenos A e B. Portanto, alguém do grupo O pode receber sangue só de alguém do grupo O, mas pode doar sangue para pessoas com qualquer grupo ABO (ou seja, A, B, O ou AB). Se qualquer um precisar de uma transfusão de sangue em uma emergência, e se o tempo necessário para processar o recebedor do sangue causaria um atraso prejudicial, o sangue O- (O Negativo) pode ser emitido.

Diagrama mostrando a compatibilidade entre os tipos sanguíneos
Além de doar para o mesmo grupo sanguíneo; doadores de sangue tipo O podem doar para A, B e AB; doadores de sangue dos tipos A e B podem doar a AB.Tabela de compatibilidade de células de glóbulos vermelhos[28][29] Receptor[1] Doador[1]
1. Pressupõe ausência de anticorpos atípicos que causaria uma incompatibilidade entre doador e receptor de sangue, como é habitual em sangues selecionados por cruzamentos apropriados.

sábado, 17 de julho de 2010

A teoria da personalidade sanguínea

Escrito por: Bonas Bão
Revisado por: Lucy
Postado por: Breno Capucena

A teoria da personalidade sanguínea

( Ketsueki Gatá Uranai )

Introdução

Vamos falar sobre um aspecto da cultura japonesa que influência muito os mangás e animês e que pode tornar a leitura deles um pouco mais interessante: o tipo sanguíneo.

Muitos ocidentais acham estranhas as fichas de personagens de desenhos japoneses, que muitas vezes incluem o tipo sanguíneo. Más saiba desde o começo desse texto que isso não é por simples perfeccionismo Oriental. Para os japoneses, o tipo sanguíneo é muito importante. Por exemplo, quando você se apresenta para uma pessoa no Brasil, você diz seu nome, idade, time de futebol, etc. São coisas que nossa sociedade acredita ser de importância do individuo e, muitas vezes, o inicio de um longo papo. No Japão, costuma-se dizer o tipo sanguíneo e perguntar os dos outros, na maior normalidade.

Então qual seria a importância no tipo sanguíneo?

Na verdade, isso tem base em teorias criadas já em 1916, por Takeji Furukawa, da universidade feminina Ocha no Mizu, do Japão, pesquisador da psicologia humana e traços de personalidade, que ligava o tipo de sangue á forma que o cérebro funciona. Basicamente, dizia que os diferentes tipos sanguíneos reagiam de formas diferentes a mesma pergunta, cada um ativando uma parte especifica do cérebro, criando assim, reações especificas de cada grupo sanguíneo. Mais tarde, Furukawa viria a aprofundar suas teorias com base cientificas na universidade de Tokyo, saindo da Psicologia teórica e buscando respostas em testes de sangue, eletrocardiogramas, etc.

O governo japonês chegou a estudar o uso da pesquisa para dividir grupos e tarefas de soldados durante a Segunda Guerra Mundial, mas desistiu pelos custos e tempo que levaria para catalogar todos seus homens. Ainda, na terra onde o sol nasce, empresas empregam a pesquisa no setor de Recursos Humanos, para selecionar pessoal.

No entanto, poucos paises levaram a serio essa pesquisa. Em Taiwan e na Coréia do Sul, eles tem a mesma idéia dos japoneses, e na França já houve algo do tipo, além de pesquisas próprias, que acabou não interessando ao povo francês. Mas todo o resto do mundo sequer tem interesse nessas teorias.

As pesquisas, estritamente cientificas,logo caíram no gosto popular. O “horóscopo sanguíneo” se difundiu no Japão, onde ele se popularizou ao ponto de bater de frente com a astrologia, entre os carentes de previsão do futuro. Esse tipo de “Bidus” sanguíneos acabou saindo da definição de personalidade e indo pro mesmo terreno da astrologia de jornal: seu sangue decide como vai ser seu dia, que cor vai te dar sorte, o que você deve comer…E, é claro que, se você encontra gente que acredita nisso assistindo TV, vai ter também em algum lugar mais próximo do que você imagina.

Pois saiba que muitos mangákas acreditam nisso. E não são poucos, são muitos mesmo. De todos os gêneros.

Muitas vazes, a elaboração dos personagens e seu relacionamento é definido tendo como base as pesquisas de Furukawa, fazendo o personagens agirem de acordo com os estereótipos sangüíneos. Isso acaba sendo tão aprofundado ás vezes que ajuda a dar certa naturalidade e coerência nas reações dos personagens. Alias, esse é um dos pontos que a maioria dos amantes dos quadrinhos japoneses destaca como de fundamental importância na diferenciação com os quadrinhos de outras partes do mundo.

Tipo A

É o tipo racional. Organizado.

Gosta de ter seu espaço e não gosta de ver esse espaço invadido. Não acredita que as outras pessoas não se importem com a desordem, por exemplo, de uma mesa durante o jantar. É o tipo que lava os pratos e guarda tudo, não porque tem que fazer isso, mas porque se não fizer fica com aquela sensação desagradável. Quando conversa com alguém, sempre tenta passar uma boa impressão e fica pensando no que os outros vão pensar dele. Gosta de agradar e é um bom anfitrião. Respeita todas as regras, mesmo sem saber o motivo. Não costuma passar seus sentimentos de forma direta.

Ao ser questionado, usa uma parte do cérebro que corresponde à formação de frases. Ou seja, está criando mais perguntas antes de responder à primeira. Por exemplo, um entrevistado, ao começar, ao começar as perguntas básicas, como nome e idade, já começou a usar sua parte especifica do cérebro. Ao fim da entrevista, perguntado sobre o que pensou no inicio, respondeu que ficou pensando se as respostas influenciariam no resultado, se o tom de voz implicaria em algo, etc.

Mais de 40% do povo japonês e do tipo A, o que explicaria até certas características da cultura japonesa.

O mangaká do tipo A costuma trabalhar bem a Fanservice, como nas cenas de transformação da Sailor Moon. Também costuma fazer muitos personagens do tipo A, seu próprio universo. Praticamente todo o elenco de Evangelion é do tipo A, de Shinji a Gendoh. Mas tem dificuldades em lidar com sentimentos, muitas vezes, fazendo confusão com seus personagens.

Naoko Takeuchi (Sailor Moon) – Rumiko Takahashi (Ramna ½, Inu-Yasha) – Takao Saito (Golgo 13) – Tatsuya Egawa (Golden Boy) – Masami Kurumada (CDZ) – Hideaki Anno e Yoshiyuki Sadamoto (Evangelion) são do tipo A.

Tipo B

É o caos. Egoísta por natureza, mesmo que sem maldade ou intenção. Gosta muito de si mesmo e de seu próprio ideal.

Não se importa em viver em um ambiente desorganizado, principalmente porque acredita que essa é a sua forma de Ordem. Mas em toda essa desordem e caos está um líder sem igual.

Decidido, não muda de Opinião e se esforça ao maximo, de todas as formas, para conquistar seu ideal e se acreditar que é algo certo, Apesar disso, é considerado um tipo difícil, por sua personalidade forte e inadaptável. Seu jeito direto e decidido pode ser um charme, mas, em geral, o tipo B não costuma se interessar em sentimentos e se enjoa rápido. Se apaixona num dia e no outro já mudou de opinião. Segue seu ritmo. Não liga para regras.

Acredita-se que ao ter um pensamento próprio, usa uma parte do cérebro que libera adrenalina, ou seja, acaba se embriagando de si mesmo. Em entrevista, o tipo B se mostrou bem sincero, respondendo rápido e claramente ás perguntas, sem nem pensar o motivo ou o que pensam sobre ele.

O ritmo das historias é muito próprio nos mangás do tipo B O sentimento não é exatamente o ponto focal das tramas e, em geral, nunca há um mal absoluto ou grande rival.

Podemos ver isso em Conan, sim, protegendo sua namorada, mas, visivelmente mais interessado em resolver os casos. Leiji Matsumoto ainda é bem claro em entrevista, dizendo que gosta de maquinas, a ponto de se chamar Otaku de Maquinas, então, suas historias costumam fugir da trama pra fazer o que ele quer, que é desenhar maquinas. Love Hina também se dispersa bastante e, apesar de seu foco de mangá de relacionamentos, uma análise mais fria do mangá mostra que Akamatsu se concentra mais em situações do que nos sentimentos dos personagens.

Gosho Aoyama (Detective Conan) – Masami Yuki (Patlabor) Yoshito Usui

(Crayon Shinchan)

Leiji Matsumoto (Yamato – Patrulha estrelar) – Ken Akamatsu (Love Hina) são todos do Tipo B.

Tipo AB

AB É o indefinível.

Mistura características dos tipos A B, pois usa tanto a parte do cérebro destinada ao tipo A, quanto do tipo B, mas nunca simultaneamente e nem com controle disso. Por isso, pode fazer coisas que, para os outros, pode parecer sem sentido, simplesmente porque mudou a área que usa do cérebro. Mas, pelo contrario, pode ser muito adaptável, porque seu cérebro esta 100% ativo e incansável. Costuma ter idéias e fazer coisas que as outras pessoas nem imaginam. É a personalidade mais completa, mas, ao mesmo tempo, mais confusa. O tipo AB costuma sempre parecer sorridente. São sensíveis e carinhosos, porem, muitas vezes, isso é só imagem.

Se distancia de provas de força. Em entrevista, o tipo AB se mostrou disperso. Uma pergunta podia culminar numa longa resposta, muito provavelmente saindo do assunto. Também mostrou que não costuma dar respostas obvias, muitas vezes saindo com idéias criativas.

Os mangás do tipo AB costumam dar espaço para os mais variados tipos de personagens, sem ofuscar nenhum. Também da muito valor aos povos diversos, como a equipe internacional de Cyborg 009, liderada por um japonês, mas sem tirar a importância de personagens russos, franceses, africanos; ou um de Rosa de Versalhes, passado na França…

Tem uma definição ambígua do mal. Enquanto o tipo A costuma fazer os malvados como tipos sujos, que fazem tudo de forma destrutiva; e o tipo O faz malvados que não escolhem meios para chegar ao seu objetivo, o tipo AB é o que faz o inimigo frio e calculista, às vezes, vilões com carisma, como o Char de Gundam.

Death Note se encaixa perfeitamente nessa classe, os que já leram ou assistiram com certeza vão encontrar todos os pontos característicos, Takeshi Obata sendo AB, colocou muito do seu tipo sanguíneo em sua historia. Raito mesmo sendo do Tipo A tem a persistência e o egoísmo do tipo B, e mesmo sendo um Pseudo Vilão, sempre teve um carisma muito grande entre os Fãs da serie.

Também não podemos esquecer que o AB tem idéias que os outros não costumam ter, sejam elas geniais ou simplesmente estranhas. São poucos os mangákas do tipo AB, mas a maioria costuma se destacar.


Takeshi Obata (Death Note) – Shotaro Ishinomori (Cyborg 009) – Mitsuru Adachi ( Touch – H2)

Riyoko Ikeda (Rosa de Versalhes)

Yoshiyuki Tomino (Gundam) – Monkey Punch (Lupin 3rd)

São do tipo AB.

Tipo O

É o indefinido.

Tem dificuldades em escolher qualquer coisa e é dependente por natureza. É o tipo que mais da certo com o tipo B, porque precisa de alguém que o puxe pelo braço e tome decisões rápidas. Mas, pelo contrario, não é um fraco. Costuma ter uma vitalidade invejável. E após definir um objetivo, não retrai. Mostra seus sentimentos de forma direta. Sabe se aproveitar do que tem e fica bem na sombra dos outros. É bem volúvel e pode se deixar levar fácil, mas, se for convencido é o tipo mais fiel. Pode não gostar de aparecer muito, mas para apoiar os outros, é o tipo mais certo.

Também é muito realista, apesar de também ser romântico. Sua personalidade não é muito visível á primeira vista, porque, em geral, costuma se adaptar as pessoas próximas. Tem aversão por testes de inteligência, não por ser burro e sim por não gostar de ser testado. Faz amizades com facilidade e tenta manter todos por perto. Em entrevista, demorou em responder, más é muito objetivo.

O mangá do tipo O é o que mais se adapta ao lema da Shonen Jump. Esforço – Amizade – Vitória. São mangás onde a energia transborda em todas as paginas. Os personagens são definidos e tem sentimentos claros. A historia segue linear e definida, a um objetivo. E esse objetivo é alcançado.

Tsukasa Hojo é talvez o maior exemplo, com historias bem definidas, personagens certos de seus objetivos e vitalidade sempre na dose máxima. Os vilões do tipo O não escolhem os meios para alcançar seus objetivos. Como podemos ver nos filmes de Miyazaki, como Laputa e Mononoke Hime.

Suzue Miuchi (Garasu no Kamen) – Tsukasa Hojo (City Hunter) – Tetsuya Chiba (Ashita no Joe) Hayao Miyazaki (A viagem de Chihiro) e Go Nagai (Mazinger Z – Devilman) são do tipo O.

Analisando

Então analisando essa teoria, usando ela pra compor uma historia básica teríamos. . .

O velho pai A, que é calmo e tenta sempre colocar juízo na cabeça do jovem herói B. O jovem herói B tem um motivo para salvar o mundo: a menininha O que foi raptada pelo capanga AB do grande Líder do Mal B. Só que a menininha O acaba ficando indecisa entre seu amor pelo herói B e o charme do Vilão AB, que, mesmo sendo mal, sempre trata ela bem. Daí, quando o capanga AB é derrotado pelo herói B, ele acaba sendo convencido duramente de que esta fazendo a coisa errada e. . .MUDA DE LADO !!! E acaba sendo a chave definitiva para derrotar o grande chefe B, já que o herói B não conseguiu pensar em outra forma de derrotar o vilão que não fosse a própria, e acabou fracassando. O mundo está salvo, mas é ai que o capanga AB. . .funda a própria organização !
Para aprofundar, existe uma Tabela de relações entre os tipos sanguíneos. Ajuda a resolver relações entre os personagens. Não somente amorosas, más de amizade ou de trabalho. Existem pesquisas que comprovam que a relação correta dos tipos sanguíneos em ambiente de trabalho ou escolar aumentam a produtividade e a relação entre os membros.

Existem mangákas que admitem acreditar e usar essas tabelas. Hideaki Anno usou as tabelas em Evangelion, brincando com a idéia de um ambiente cheio de tipos A. Takao Saito também é um adepto, fala muito sobre isso.

Porém, tipos sanguíneos, mesmo com fundamentos científicos, não são 100%. Já foi provado que a convivência muda, e muito, a personalidade dos indivíduos. Fatos marcantes de sua vida também podem apagar traços e criar novos. Afinal, para toda regra existem exceções. Também existem estudos mais aprofundados, fazendo relações e tipo sanguíneos oriundos de pais com tipos de sangue diferentes, estudos sobre Rh, etc. mas não se estresse.

Isso tudo é somente uma forma que encontraram para definir as pessoas como muitas outras.

Por isso mesmo não deve ser levado muito a serio, encare apenas como mais uma curiosidade sobre o universo Nihon dos animês e mangás, claro se quiser se aprofundar no assunto ninguém ira te censurar. Fique a vontade, vá a Luta. . .

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sangues Raros

Ao contrário do que se imagina, os sistemas ABO (A,B,AB e O) e Rh (positivo ou negativo) não são os únicos existentes no sangue. Uma pequena parcela da população possui características únicas de outros sistemas do sangue menos conhecidos, como é o caso do sangue sem o antígeno "e" (lê-se "e" pequeno) ou do sangue "Bombay", mais comum no Oriente.

Se um receptor com sangue raro recebe repetidamente sangue não raro, desenvolve anticorpos que passam a destruir o sangue transfundido. Isso pode provocar danos renais e até mesmo agravar o quadro clínico do paciente. quisa de antígenos denominada fenotipagem eritrocitária

domingo, 21 de março de 2010

Compatibilidade de plasma

Os receptores podem receber plasma do mesmo grupo sanguíneo, mas de outro modo, a compatibilidade doador-receptor para o plasma sanguíneo é o inverso do que o RBC: plasma extraído do sangue tipo AB pode ser transfundido para pessoas de qualquer grupo sanguíneo; indivíduos do grupo sangüíneo O podem receber de qualquer grupo sanguíneo e do pessoas do tipo O podem doar apenas para destinatários do tipo O.

Anticorpos Rh D são incomuns, geralmente nem RhD negativo nem RhD positivos contem anticorpos anti-RhD. Se um potencial doador é encontrado tendo anticorpos anti-RhD ou qualquer atípico grupo sanguíneo de anticorpos para a triagem de anticorpos do banco de sangue, ele normalmente não é aceito como doador (ou em alguns bancos de sangue, o anticorpo é retirado dele e propriamente rotulados); e, portanto, o doador do banco de sangue pode ser selecionado por ser livre de anticorpos RhD e de outros incomuns, e assim doar para receptores que possuem estes anticorpos, sendo eles negativos ou positivos, enquanto o plasma sanguíneo ABO e do receptor forem compatíveis.

Compatibilidade dos glóbulos vermelhos


  • Grupo sanguíneo AB: Indivíduos têm tanto antígenos A quanto B na superfície de suas RBCs, e o soro sanguíneo deles não contem quaisquer anticorpos dos antígenos A ou B. Assim, alguém com tipo de sangue AB pode receber sangue de qualquer grupo (com AB preferível), mas só pode doar sangue para outros com o tipo AB.
  • Grupo sanguíneo A: Indivíduos têm o antígeno A na superfície de suas RBCs, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno B. Assim, uma pessoa do grupo A pode receber sangue só de pessoas dos grupos A ou O (com A preferível), e só pode doar sangue para indivíduos com o tipo A ou AB.
  • Grupo sanguíneo B: Indivíduos têm o antígeno B na superfície de seus RBCs, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno A. Assim, alguém do grupo B pode receber sangue só de indivíduos de grupos B ou O (com B preferível), e pode doar sangue para indivíduos com o tipo B ou AB.
  • Grupo sanguíneo O (ou grupo sanguíneo zero em alguns países): Indivíduos não possuem antígenos nem A ou B na superfície de suas RBCs, mas o soro sanguíneo deles contêm Imunoglobulina M com anticorpos anti-A e anti-B contra os grupos antígenos A e B. Portanto, alguém do grupo O pode receber sangue só de alguém do grupo O, mas pode doar sangue para pessoas com qualquer grupo ABO (ou seja, A, B, O ou AB). Se qualquer um precisar de uma transfusão de sangue em uma emergência, e se o tempo necessário para processar o recebedor do sangue causaria um atraso prejudicial, o sangue O- (O Negativo) pode ser emitido.

TERMINOLOGIA E USO

Alguns termos utilizados no que se referem à tipagem sanguínea são ambíguos ou pouco conhecidos.

  • A determinação, em laboratório, da tipagem quanto aos sistemas ABO e Rh é rotineiramente realizada em um procedimento único. A melhor maneira de se referir a este procedimento e a seu resultado é Tipagem sanguínea (ABO e Rh). Entretanto a simplicidade consagrou o uso da palavra tipagem para se referir aos dois sistemas.
  • Quando necessária a distinção, convencionou-se utilizar respectivamente as expressões grupo ABO e Fator Rh. Estas designações, contudo, não são unânimes.
  • Geralmente usam-se os termos aglutininas para se referir aos anticorpos e aglutinógenos para se referir os antígenos.[1]
  • Um estudo mais aprofundado do sistema ABO determinou a presença de variedades antigênicas ou subgrupos.[1] Estes podem ser designados, por exemplo, A1, A2 ou Bx.
  • Historicamente, a classificação de Landsteiner previa os grupos A, B e O; o grupo AB foi posteriormente descoberto (1902, von Decastello e Sturli).[1] No entanto, em inobservância à tradição, alguns autores falam em grupo 0 ("zero"). Esta designação é incorreta, pois assume que os pacientes do grupo O não apresentam aglutininas em suas hemácias (na verdade, os pacientes do grupo O apresentam em todas as suas hemácias a aglutinina H, exceção feita ao raríssimo fenótipo OBombay --- o qual não apresenta aglutininas para o sistema ABO).
  • Estudos determinaram que o sistema Rh apresenta certa complexidade genética, além de variações qualitativas e quantitativas em sua expressão. Assim, são usadas as seguintes designações:
    • O termo Rh Fraco substituiu a designação Du. Este termo representa uma variação quantitativa na expressão do antígeno D.
    • O termo Rhnull designa uma condição rara, em que os antígenos do sistema Rh estão completamente ausentes.
    • O termo "CDE" designa a determinação, recomendada para os pacientes Rh negativos, de outros antígenos menos freqüentes do sistema Rh. Assim, fala-se em Rh negativo ou Rh negativo, CDE positivo.
  • Em alguns casos, pode ser necessária a determinação mais detalhada dos antígenos dos sistemas ABO e Rh, e/ou a determinação de antígenos pertencentes a outros sistemas antigênicos. Esta determinação é geralmente denominada fenotipagem.
  • Da combinação entre o Sistema ABO e Fator Rh, podemos encontrar os chamados doador universal (O negativo) e receptor universal (AB positivo).
  • Entretanto, normalmente se faz a transfusão isogrupo (doador e receptor de mesma tipagem ABO e Rh) em preferência à doação heterogrupo (tipos diferentes).

IMPORTÂNCIA

Cada indivíduo possui um conjunto diferente de antígenos eritrocitários, e por seu número --- existem hoje cerca de 27 sistemas antigênicos conhecidos, mais alguns antígenos diferenciados que ainda não foram atribuídos a nenhum sistema específico --- é difícil (se não impossível) encontrar dois indivíduos de mesma composição antigênica. Daí a possibilidade da presença, no soro, de anticorpos específicos (dirigidos contra os antígenos que cada indivíduo não possui), o que resulta na aglutinação ou hemólise quando ocorre uma transfusão incompatível (ou, em determinações laboratoriais, quando se fazem reagir soros específicos com os antígenos correspondentes presentes nas hemácias). Diferentes sistêmas antigênicos se caracterizam por induzir a formação de anticorpos em intensidades diferentes; além do que, alguns são mais comuns e outros, mais raros. Estes dois fatos associados determinam a importância clínica de cada sistema.

Os sistemas antigênicos considerados mais importantes são o sistema ABO e o Sistema Rh. Estes são os sistemas mais comumente relacionados às temidas reações transfusionais hemolíticas. Reações contra antígenos eritrocitários também podem causar a Doença Hemolítica do Recém-nascido,causada pelo fator Rh+ do pai e da criança e o Rh - da mãe[3] - (DHRN ou Eritroblastose Fetal), cuja causa geralmente (mas não sempre) se associa a diferenças antigênicas relacionadas ao Sistema Rh.

A determinação dos grupos sanguíneos tem importância em várias ciências:

  • Em Hemoterapia, torna-se necessário estudar pelo menos alguns desses sistemas em cada indivíduo para garantir o sucesso das transfusões. Assim, antes de toda transfusão eletiva, é necessário se determinar, pelo menos, a tipagem ABO e Rh do doador e do receptor.
  • Em ginecologia/obstetrícia e neonatologia, é possível se diagnosticar a DHRN através do seu estudo, adotando-se medidas preventivas e curativas.
  • Em Antropologia, é possível estudar diversas raças e suas interrelações evolutivas, através da análise da distribuição populacional dos diversos antígenos, determinando sua predominância em cada raça humana e fazendo-se comparações.
  • Em Medicina legal, é possível se determinar, por exemplo, o tipo sanguíneo de um criminoso a partir de material colhido na cena do crime, auxiliando na investigação criminal.

GRUPO SANGÜINEO


Os grupos sanguíneos ou tipos sanguíneos foram descobertos no início do século XX (cerca de 1900 - 1901), quando o cientista austríaco Karl Landsteiner se dedicou a comprovar que havia diferenças no sangue de diversos indivíduos. Ele colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos (hemácias) e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, tendo como resultado a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, e sua ausência em outros. Landsteiner explicou então por que algumas pessoas morriam depois de transfusões de sangue e outras não. Em 1930 ele ganhou o Prêmio Nobel por esse trabalho.

Os tipos sanguíneos são determinados pela presença, na superfície das hemácias, de antígenos que podem ser de natureza bioquímica variada, podendo ser compostos por carboidratos, lipídeos, proteínas ou uma mistura desses compostos. Estes antígenos eritrocitários são independentes do Complexo principal de histocompatibilidade (HLA), o qual determina a histocompatibilidade humana e é importante nos transplantes.