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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Grupos Sanguíneos


Em 1901, Karl Landsteiner descobriu que há vários tipos de sangue e, portanto, não se podem fazer transfusões de sangue indiscriminadamente entre diferentes pessoas. Landsteiner obteve sangue de um grande número de pessoas e separou as células sanguíneas do plasma. Fez depois todas as combinações possíveis entre o plasma e glóbulos vermelhos dos vários sangues. Observou que em alguns casos, depois de misturados, os glóbulos se mantinham em suspensão no plasma em que tinham sido colocados, mas noutros os glóbulos vermelhos agregavam-se em aglutinados enormes que sedimentavam imediatamente no fundo do tubo de ensaio. Com base nestes resultados, foi possível considerar três grupos sanguíneos que Landsteiner denominou A, B, e O. Mais tarde reconheceu a existência de um quarto grupo, AB. A partir desta descoberta inicial dos grupos sanguíneos, pelo menos mais nove grupos foram reconhecidos no sangue humano, alguns deles com subdivisões.

A causa da aglutinação observada por Landsteiner é a ocorrência de uma reação antigénio-anticorpo. Assim, os antigénios (ou aglutinogénios ) que caracterizam os grupos sanguíneos são glicoproteínas específicas localizadas na membrana plasmática dos glóbulos vermelhos e os anticorpos (ou aglutininas), que reagem especificamente com os aglutinogénios, são y-globulinas e encontram-se dissolvidos no plasma. Na reacção antigénio-anticorpo, a molécula do anticorpo tem dois locais de ligação e pode formar uma ponte entre dois eritrócitos, que por sua vez se ligam a outros eritrócitos, produzindo a aglutinação

Mais tarde, em 1940, Landsteiner e Weiner descobriram a existência de um outro antigénio no sangue humano, o factor Rh, que pode dar reações de incompatibilidade sanguínea muito violentas. Na realidade este factor é um conjunto de factores, daí a designação de Sistema Rh, dos quais o mais antigénico é o antigénio D. As pessoas que contêm o factor Rh, designam-se Rh positivas e as que não contêm este factor são Rh negativas.

A “Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea” (ISBT), instituiu um sistema numérico de nomenclatura para ajudar a regularizar a terminologia dos grupos sangüíneos. Essa convenção dizia que a cada sistema é dado um número e letra, e cada antígeno é numerado seqüencialmente em ordem de descobrimento. Com o designado mais de 20 sistemas de grupos sangüíneos e 7 grupos de antígenos foram definidos. Antígenos d alta-frequência ou “públicos” e antígenos de baixa-frequência ou “privados” não estão associados aos conhecidos sistemas ou grupos também delineados em números de série.

Alguns sistemas (i.e.H,li,Lewis) limitam naturalmente a ocorrência de anticorpos, mas a maioria dos outros sistemas criam iso-anticorpos, os quais resultam em incompatibilidade de transfusões e de gravidez.

Aglutinógenos muito freqüentes São eles denominados públicos, porque a maioria dos indivíduos da espécie humana os apresetam em suas hemáceas.
Aglutinógenos muito raros
São eles denominados privados, por estarem ausentes nas hemáceas da maioria dos indivíduos de espécie humana.

Pertencem a esta classe os aglutinógenos denominados LEVAY, GRAYDON, JOBINS, BECKER, VEM, Ca, BERRENS, SCOTT, BATTY, ROMUND, Chr, DONNA, STOBO, WEBB, RIDLEY, YAHUDA, Ot, MURREL, PRITCHARD, TRAVERSU, WIEL, WRIGHT, SWANN, LUBA, WETZ, KAMHUBER, MANSFIELD, DIEGO, Bua etc.

Aglutinógenos de freqüência média
Pertencem a esta classe os aglutinógenos do sistema ABO, MN, P , KELL, LUTHERAN, DUFF, KIDD , Rh

AS HERANÇAS DOS GRUPOS SANGÜÍNEOS

SISTEMA RH

Um terceiro sistema de grupos sangüíneos foi descoberto a partir dos experimentos desenvolvidos por Landsteiner e Wiener, em 1940, com sangue de macaco do gênero Rhesus. Esses pesquisadores verificaram que ao se injetar o sangue desse macaco em cobaias, havia produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas. Ao centrifugar o sangue dos cobaias obteve-se o soro que continha anticorpos anti-Rh e que poderia aglutinar as hemácias do macaco Rhesus. As Conclusões daí obtidas levariam a descoberta de um antígeno de membrana que foi denominado Rh (Rhesus), que existia nesta espécie e não em outras como as de cobaia e, portanto, estimulavam a produção anticorpos, denominados anti-Rh.

Há neste momento uma inferência evolutiva: se as proteínas que existem nas hemácias de vários animais podem se assemelhar isto pode ser um indício de evolução. Na espécie humana, por exemplo, temos vários tipos de sistemas sanguíneos e que podem ser observados em outras espécies principalmente de macacos superiores.

Analisando o sangue de muitos indivíduos da espécie humana, Landsteiner verificou que, ao misturar gotas de sangue dos indivíduos com o soro contendo anti-Rh, cerca de 85% dos indivíduos apresentavam aglutinação (e pertenciam a raça branca) e 15% não apresentavam. Definiu-se, assim, “o grupo sangüíneo Rh+”( apresentavam o antígeno Rh), e “o grupo Rh-“ ( não apresentavam o antígeno Rh).

No plasma não ocorre naturalmente o anticorpo anti-Rh, de modo semelhante ao que acontece no sistema Mn. O anticorpo, no entanto, pode ser formado se uma pessoa do grupo Rh-, recebe sangue de uma pessoa do grupo Rh+. Esse problema nas transfusões de sangue não são tão graves, a não ser que as transfusões ocorram repetidas vezes, como também é o caso do sistema MN.

Os três sistemas de grupos sangüíneos, ABO, MN e Rh, transmitem-se independentemente.

A determinação genética do sistema Rh é bastante complexa, mas de modo mais simplificado pode-se considerá-la como sendo devida a um par de alelos com relação de dominância completa: o gene D, que determina a produção do fator Rh, dominante sobre o gene d.

GENÓTIPOS FENÓTIPOS
DD, Dd Rh+
dd
Rh-

O fator RH está ligado à presença de uma proteína específica no sangue. Quem a possui, ou seja, 85% da população Mundial, tem fator positivo ( RH+ ). Os que não tem, tem fator negativo(RH-).

A importância do exame no pré-natal, conhecido como "tipagem sanguínea" é para tratar de forma especial os casos com Bebês de RH + (positivo) herdado do pai, em gestação em mães com fator RH - ( negativo ). Portanto, o problema está no fato do sangue materno ao ter contato e não reconhecer a proteína do sangue do feto ( RH+ ), reage criando anticorpos para destruí-lo. Isto significa um ataque ao sistema imunológico da mãe ao sangue do bebê cujas células vermelhas vão sendo destruídas.

Baseado no resultado do exame, há dois caminhos:

1. Se não há anticorpos ao RH+ no sangue da mãe, aplica-se uma dose da vacina anti-D na 28o semana de gestação e outra após o parto (evita a formação natural dos anticorpos).

2. Se já há anticorpos, é fundamental um bom acompanhamento de toda a gestação, monitorando o desenvolvimento fetal. Casos mais graves antecipam o parto ou faz-se necessária uma transfusão de sangue intra-uterina, feita por cateter. Após o nascimento, o bebê passa por fototerapia para eliminar a "bilirrubina" acumulada. Se necessário, recebe transfusão total do sangue.

Riscos

Doença Hemolítica do RN, manifestado por anemia profunda que pode ser letal, quadros graves de icterícia, paralisia cerebral, lesões auditivas e no sistema nervoso e insuficiência cardíaca.

O inverso nãe é verdadeiro, ou seja; A mãe com RH+ e o feto com RH- não são conflitantes.

domingo, 8 de agosto de 2010

Grupo sanguíneo


Os grupos sanguíneos ou tipos sanguíneos foram descobertos no início do século XX (cerca de 1900 - 1901), quando o cientista austríaco Karl Landsteiner se dedicou a comprovar que havia diferenças no sangue de diversos indivíduos.[1] Ele colheu amostras de sangue de diversas pessoas, isolou os glóbulos vermelhos (hemácias) e fez diferentes combinações entre plasma e hemácias, tendo como resultado a presença de aglutinação dos glóbulos em alguns casos, e sua ausência em outros. Landsteiner explicou então por que algumas pessoas morriam depois de transfusões de sangue e outras não. Em 1930 ele ganhou o Prêmio Nobel por esse trabalho.

Os tipos sanguíneos são determinados pela presença, na superfície das hemácias, de antígenos que podem ser de natureza bioquímica variada, podendo ser compostos por carboidratos, lipídeos, proteínas ou uma mistura desses compostos. Estes antígenos eritrocitários são independentes do Complexo principal de histocompatibilidade (HLA), o qual determina a histocompatibilidade humana e é importante nos transplantes.
Cada indivíduo possui um conjunto diferente de antígenos eritrocitários, e por seu número --- existem hoje cerca de 27 sistemas antigênicos conhecidos,[1] mais alguns antígenos diferenciados que ainda não foram atribuídos a nenhum sistema específico[2] --- é difícil (se não impossível) encontrar dois indivíduos de mesma composição antigênica. Daí a possibilidade da presença, no soro, de anticorpos específicos (dirigidos contra os antígenos que cada indivíduo não possui), o que resulta na aglutinação ou hemólise quando ocorre uma transfusão incompatível (ou, em determinações laboratoriais, quando se fazem reagir soros específicos com os antígenos correspondentes presentes nas hemácias). Diferentes sistêmas antigênicos se caracterizam por induzir a formação de anticorpos em intensidades diferentes; além do que, alguns são mais comuns e outros, mais raros. Estes dois fatos associados determinam a importância clínica de cada sistema.

Os sUS antigênicos considerados mais importantes são o sistema ABO e o Sistema Rh.[1] Estes são os sistemas mais comumente relacionados às temidas reações transfusionais hemolíticas. Outra complicação, a eritroblastose fetal ou Doença Hemolítica do Recém-nascido (DHRN), é geralmente (mas não sempre) causada por diferenças antigênicas relacionadas ao Sistema Rh, como o fator Rh+ do pai e da criança e o Rh- da mãe[3].

A determinação dos grupos sanguíneos tem importância em várias ciências:

Em Hemoterapia, torna-se necessário estudar pelo menos alguns desses sistemas em cada indivíduo para garantir o sucesso das transfusões. Assim, antes de toda transfusão eletiva, é necessário se determinar, pelo menos, a tipagem ABO e Rh do doador e do receptor.
Em ginecologia/obstetrícia e neonatologia, é possível se diagnosticar a DHRN através do seu estudo, adotando-se medidas preventivas e curativas.
Em Antropologia, é possível estudar diversas raças e suas interrelações evolutivas, através da análise da distribuição populacional dos diversos antígenos, determinando sua predominância em cada raça humana e fazendo-se comparações.
Em Medicina legal, é possível se determinar, por exemplo, o tipo sanguíneo de um criminoso a partir de material colhido na cena do crime, auxiliando na investigação criminal.
Terminologia e uso
Alguns termos utilizados no que se referem à tipagem sanguínea são ambíguos ou pouco conhecidos.

A determinação, em laboratório, da tipagem quanto aos sistemas ABO e Rh é rotineiramente realizada em um procedimento único. A melhor maneira de se referir a este procedimento e a seu resultado é Tipagem sanguínea (ABO e Rh). Entretanto a simplicidade consagrou o uso da palavra tipagem para se referir aos dois sistemas.
Quando necessária a distinção, convencionou-se utilizar respectivamente as expressões grupo ABO e Fator Rh. Estas designações, contudo, não são unânimes.
Geralmente usam-se os termos aglutininas para se referir aos anticorpos e aglutinógenos para se referir os antígenos.[1]
Um estudo mais aprofundado do sistema ABO determinou a presença de variedades antigênicas ou subgrupos.[1] Estes podem ser designados, por exemplo, A1, A2 ou Bx.
Historicamente, a classificação de Landsteiner previa os grupos A, B e O; o grupo AB foi posteriormente descoberto (1902, von Decastello e Sturli).[1] No entanto, em inobservância à tradição, alguns autores falam em grupo 0 ("zero"). Esta designação é incorreta, pois assume que os pacientes do grupo O não apresentam aglutininas em suas hemácias (na verdade, os pacientes do grupo O apresentam em todas as suas hemácias a aglutinina H, exceção feita ao raríssimo fenótipo OBombay --- o qual não apresenta aglutininas para o sistema ABO).
Estudos determinaram que o sistema Rh apresenta certa complexidade genética, além de variações qualitativas e quantitativas em sua expressão. Assim, são usadas as seguintes designações:
O termo Rh Fraco substituiu a designação Du. Este termo representa uma variação quantitativa na expressão do antígeno D.
O termo Rhnull designa uma condição rara, em que os antígenos do sistema Rh estão completamente ausentes.
O termo "CDE" designa a determinação, recomendada para os pacientes Rh negativos, de outros antígenos menos freqüentes do sistema Rh. Assim, fala-se em Rh negativo ou Rh negativo, CDE positivo.
Em alguns casos, pode ser necessária a determinação mais detalhada dos antígenos dos sistemas ABO e Rh, e/ou a determinação de antígenos pertencentes a outros sistemas antigênicos. Esta determinação é geralmente denominada fenotipagem.
Da combinação entre o Sistema ABO e Fator Rh, podemos encontrar os chamados doador universal (O negativo) e receptor universal (AB positivo).
Entretanto, normalmente se faz a transfusão isogrupo (doador e receptor de mesma tipagem ABO e Rh) em preferência à doação heterogrupo (tipos diferentes).
Distribuição de ABO e Rh por país
Tipo de distribuição do sangue por nação (média em população) País O+ A+ B+ AB+ O− A− B− AB−
Compatibilidade dos glóbulos vermelhos
Grupo sanguíneo AB: Indivíduos têm tanto antígenos A quanto B na superfície de suas RBCs, e o soro sanguíneo deles não contem quaisquer anticorpos dos antígenos A ou B. Assim, alguém com tipo de sangue AB pode receber sangue de qualquer grupo (com AB preferível), mas só pode doar sangue para outros com o tipo AB.
Grupo sanguíneo A: Indivíduos têm o antígeno A na superfície de suas RBCs, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno B. Assim, uma pessoa do grupo A pode receber sangue só de pessoas dos grupos A ou O (com A preferível), e só pode doar sangue para indivíduos com o tipo A ou AB.
Grupo sanguíneo B: Indivíduos têm o antígeno B na superfície de seus RBCs, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno A. Assim, alguém do grupo B pode receber sangue só de indivíduos de grupos B ou O (com B preferível), e pode doar sangue para indivíduos com o tipo B ou AB.
Grupo sanguíneo O (ou grupo sanguíneo zero em alguns países): Indivíduos não possuem antígenos nem A ou B na superfície de suas RBCs, mas o soro sanguíneo deles contêm Imunoglobulina M com anticorpos anti-A e anti-B contra os grupos antígenos A e B. Portanto, alguém do grupo O pode receber sangue só de alguém do grupo O, mas pode doar sangue para pessoas com qualquer grupo ABO (ou seja, A, B, O ou AB). Se qualquer um precisar de uma transfusão de sangue em uma emergência, e se o tempo necessário para processar o recebedor do sangue causaria um atraso prejudicial, o sangue O- (O Negativo) pode ser emitido.

Diagrama mostrando a compatibilidade entre os tipos sanguíneos
Além de doar para o mesmo grupo sanguíneo; doadores de sangue tipo O podem doar para A, B e AB; doadores de sangue dos tipos A e B podem doar a AB.Tabela de compatibilidade de células de glóbulos vermelhos[28][29] Receptor[1] Doador[1]
1. Pressupõe ausência de anticorpos atípicos que causaria uma incompatibilidade entre doador e receptor de sangue, como é habitual em sangues selecionados por cruzamentos apropriados.